sábado, 14 de abril de 2012

Haruki Murakami

É difícil saber por onde começar, quando se quer mais do que tudo fazer jus a algo, mais concretamente a alguém. Este é um desses casos difíceis. Sofro de uma adoração difícil de explicar e de eu própria compreender pela escrita deste Senhor. Ao primeiro livro pensei...tenho de ler mais deste autor, ao segundo...tenho de ler tudo. Há qualquer coisa de fantástico e quase perturbador nos mundos para o qual nos transporta. Depois temos sempre aqueles pequenos grandes pormenores pelos quais procuramos desde a primeira linha e que fazem das suas historias a sua imagem de marca, o personagem solitário... a relação complicada...a pessoa com uma deficiência... o gato... todos os seus livros transpiram jazz, não que eu goste de jazz...mas quando estou agarrada à historia, quase que me dá vontade de estar a ouvir a musica que ele refere para me sentir ainda mais parte do cenário. E por fim aquilo que me faz agradecer a Kafka por ter existido ( escritor...claramente fonte de inspiração) o insólito e absolutamente surrealismo das tramas. Aquela mente mirabolante, deixa os restantes comuns mortais a sentirem-se incapacitados de ter algo minimamente semelhante a imaginação.

O meu livro preferido...escusado será dizer que a escolha é quase tão difícil como descrever o porquê de gostar tanto de Haruki...mas vou para o Pássaros de Corda, livro de devorei desalmadamente como se não houvesse amanhã, só não o devorei literalmente, por não ter um ar propriamente digestivo!

Por vezes penso no mundo after Haruki...quando ele se cansar de escrever...sim, porque mentes assim são eternas. Quase toda a sua bibliografia está publicada em Português...a que não existe na língua de Camões é muito difícil de encontrar...mas com dedicação e persistencia...

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